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Palácios e palacetes: A moradia burguesa na Manaus da Belle Époque
Kedman Comapi, Wanessa Lima da Silva, Taise Costa de Farias

Última modificación: 2019-09-13

Resumen


Em arquitetura, ecletismo designa a atitude dos arquitetos atuantes no século XIX que utilizavam elementos - estéticos, históricos, construtivos - da história, com a intenção de produzir uma nova arquitetura. Os arquitetos desse período caminharam por todas as doutrinas e teorias do passado com o objetivo de situar a arquitetura no seu tempo. Encontraram no mundo antigo – inicialmente clássico, depois medieval - uma ampla gama de edificações para serem usadas como modelos nos novos projetos, originando assim, uma nova atitude de composição que irá abrir caminho para a expressão do “espirito eclético”. Na nova cidade, as construções passam a refletir através da sua aparência o papel que tem ou pretende ter o seu proprietário, bem como o seu status dentro da sociedade moderna. Em Manaus, as mudanças econômicas, sociais e urbanísticas ocorridas na última década do século XIX, advindas da economia da borracha também irão sofrer influencias do contexto de urbanização e modernização das cidades brasileiras desse período. A disseminação dos ideais de modernidade através da Manaus da Belle Époque, tendo na Europa e na capital do Brasil os centros irradiadores de padrões a serem seguidos pela elite da época, traz para a cidade de Manaus, no Amazonas, novos olhares sobre o espaço urbano, os hábitos e costumes. O impacto visual provocado por essa “nova” cidade encontra-se impregnado de significados. Elas representam não só a difusão de uma administração política, mas a propaganda do progresso. Naquele momento a imagem da cidade embelezada e urbanizada, atendia as aspirações de uma nova burguesia em ascensão, ávida para demostrar o seu status. Constata-se uma assimilação crescente de elementos e materiais industrializados, além da diversidade dos programas de necessidades, seja na arquitetura oficial ou privada, incluindo as preocupações de higiene, conforto e de decoração. Como um dos resultados e ícone dessa modernidade temos os palacetes que passaram a ser os locais privilegiados da moradia burguesa. Assim foi se consolidando, como imagem da cidade daquela época, esta nova tipologia de grandes casas isoladas nos lotes, cercadas de grandes jardins e espacialmente organizadas para atender a nova forma de morar, ditadas pelos códigos de obras, mas principalmente embelezadas pelo repertorio eclético ditado por todo o país. Dessa forma, o objeto de pesquisa deste projeto é a produção arquitetônica dos palacetes e palácios do final do século XIX e inicio do século XX, na cidade Manaus, no Amazonas, Brasil tendo no ecletismo referencias de ideais e padrões a ser seguido. Para tanto, a pesquisa irá analisar e compreender essa tipologia arquitetônica através da análise gráfica e historiográfica do “Palacete Provincial” (1861), “Casa Eduardo Ribeiro” (1890), “Palácio Rio Negro” (1903) e a “Escola Superior de Magistratura do Amazonas” (1908). Assim, o presente trabalho justifica-se pela ampliação do olhar sobre a história da arquitetura Eclética, considerado aqui de suma importância para o ideário e imaginário moderno tão almejado pela burguesia brasileira e concretizado na arquitetura dos palácios e palacetes.



Palabras clave


PALACETES; PALÁCIOS; ECLETISMO

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