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BIOSSOLUBILIZAÇÃO DA CALCOPIRITA NA PRESENÇA DE ÍONS CLORETO
Stella Maris Firmino, Tahuany Rosa, Denise Bevilaqua

Última modificación: 2012-05-10

Resumen


A biolixiviação é um processo que utiliza soluções para recuperar metais de minérios de baixo teor, com o auxílio de microorganismos que possuem uma atividade oxidativa sobre os sulfetos metálicos. Os principais microrganismos envolvidos no processo são espécies quimiolitotróficas e acidofílicas do gênero Acidithiobacillus, sobretudo o Acidithiobacillus. ferrooxidans, que obtém energia para seu crescimento através da oxidação do íon Fe2+, além das formas reduzidas de enxofre e sulfetos metálicos insolúveis (Bevilaqua, 2003).

O sulfeto mineral utilizado neste estudo foi calcopirita, o mais refratário a ataque químico e bacteriano dentre os sulfetos encontrados na natureza. Na tentativa de otimizar a taxa de dissolução da calcopirita, este estudo propõe a adição de ions cloretos nos ensaios de biolixiviação. Como etapa inicial deste trabalho, as linhagens da coleção do laboratório de Biohidrometalurgia (UNESP) foram analisadas quanto à tolerância a íons cloretos em estudos de cinética de oxidação dos íons ferrosos. Foram testadas diversas linhagens na presença de diferentes concentrações de Cl. As linhagens utilizadas foram: V3, PCEL, SSP, CMV e AMF, pertencentes à coleção do laboratório de Biohidrometalurgia e linhagem ATCC 23270. A capacidade de oxidação íons Fe2+, fonte energética solúvel, foi avaliada na presença de íons Cl- nas seguintes concentrações (mM): 0, 50, 100, 200, 400 e 500) para cada uma das diferentes linhagens.

Os resultados dos experimentos envolvendo íons Cl- das culturas cuja fonte energética era os íons Fe2+ mostraram diferenças no crescimento das linhagens de A. ferrooxidans testadas. A única linhagem que foi capaz de oxidar íons ferrosos na presença de 400 e 500 mM de cloreto (cerca de 20%) foi a linhagem AMF. Todas as outras apresentaram completa inibição nestas concentrações. Na concentração de 50 mM de cloreto não foi observada diferença significativa na oxidação dos íons ferrosos para nenhuma das linhagens testadas.


Citas


Bevilaqua, D. Estudo da interação do Acidithiobacillus ferrooxidans com calcopirita (CuFeS2) e Bornita (CuFeS4). 2003. 113f. Tese (Doutorado em Química) – Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2003.

 


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