Última modificación: 2012-08-04
Resumen
A utilização das fontes primárias de luz elétrica artificial tem sido uma pratica crescente e atual, mesmo quando esse produto deixa de ser produzido localmente e necessita ser importado. Numa avaliação exclusivamente sob o prisma energético e quando comparada com fonte incandescente: a lâmpada a descarga em gases pode reduzir a demanda de energia elétrica e aumentar a eficiência em uso final. Neste trabalho a análise agrega a base ambiental. Terminada a vida útil da lâmpada a descarga, o destino final deve ser considerado com foco em gestão de resíduos perigosos. Foi identificada variabilidade elevada sobre os dados que tem sido declarado em relação à quantidade de Mercúrio (Hg) presente em lâmpada a descarga, particularmente aquelas do tipo fluorescente tubular. Na situação brasileira atual, cuja geração de eletricidade não tem base predominante na queima de carvão, a maior difusão no mercado local de fonte de luz com base no Hg pode induzir uma elevação na emissão desse elemento durante o ciclo de vida da lâmpada, diferentemente dos EUA e outros países. O controle de Hg e a valorização dos resíduos potencialmente perigosos, particularmente aqueles que poderão ser encontrados nas fontes primárias de luz utilizadas localmente deverão ser monitorados. O Hg e demais resíduos não devem continuar sendo desprezados juntamente aos demais resíduos humanos e recolhidos sem qualquer consideração prática eficaz.
Citas
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